Cirurgia para vertigem

Cirurgia para Vertigem

A Cirurgia para vertigem é indicada quando o tratamento médico não consegue aliviar os ataques agudos de tontura. O tipo de operação depende do grau do comprometimento auditivo na orelha afetada, já que são feitos todos os esforços para conservar essa audição. E, alguns casos, a audição pode ser melhorada após a cirurgia e em outros pode piorar; geralmente, continua a mesma. O zumbido pode ser ou não aliviado e em alguns casos.
A cirurgia para vertigem é bem-sucedida no alívio dos ataques agudos de tontura na maioria dos pacientes. Caso o procedimento operatório de conservação não aliviar os ataques de tontura, uma segunda operação pode ser necessária.

Descompressão do Saco endolinfático
Essa operação drena o excesso de endolinfa da orelha interna. Geralmente, é realizada com anestesia geral em regime ambulatorial.
É feita uma incisão atrás da orelha. Uma operação na mastoide é realizada e um tubo é inserido no saco endolinfático da orelha interna para controlar a pressão anormal do fluido.
Uma cirurgia de descompressão geralmente é aconselhada quando a audição é relativamente boa na orelha envolvida. Perda permanente da audição ocorre em 5% dos pacientes. A perda total da audição na orelha operada ocorre em 1%.

Cocleosaculotomia
Essa operação é realizada através do canal auditivo com anestesia local e geralmente requer um dia de hospitalização. Uma fístula é criada pela picada direta na membrana das câmaras da orelha interna.
A cocleosaculotomia geralmente é aconselhada apenas quando a audição estiver muito diminuída. É comum ter maior comprometimento auditivo após a cirurgia.

Transcanal (janela oval): Labirintectomia:
Esse procedimento é realizado através do canal auditivo com anestesia local ou geral e requer um a três dias de hospitalização. O fluido é retirado das câmaras da orelha interna juntamente com as membranas secretoras.
Labirintectomia da janela oval normalmente só é aconselhada quando a audição é ruim, o que resulta em perda total da audição na orelha operada e um aumento temporário da tontura.

Labirintectomia translabiríntica e secção do nervo vestibular (equilíbrio).

A operação é realizada com anestesia geral e requer hospitalização por cerca de cinco a sete dias. Por meio de uma incisão atrás da orelha, uma mastoidectomia é realizada, as câmaras de equilíbrio na orelha interna são retiradas e o nervo do equilíbrio é cortado.
Em casos selecionados para labirintectomia e secção do nervo vestibular, a audição é gravemente comprometida. A operação resulta em perda total da audição na orelha operada e frequentemente um aumento temporário na tontura. Felizmente, os ataques de tontura são eliminados em quase todos os casos. A instabilidade persistente, porém, pode continuar por semanas ou meses até que a orelha oposta estabilize o sistema do equilíbrio.
Quando necessário, essa operação pode ser realizada se outra cirurgia não for bem-sucedida.

Secção do nervo vestibular via retrolabirintica (equilíbrio)
Esse procedimento é realizado com anestesia geral e geralmente requer três dias de hospitalização. Por meio de uma incisão atrás da orelha, uma mastoidectomia é realizada e o nervo do equilíbrio é cortado antes de entrar na orelha interna. A secção nervo vestibular via retrolabirintica pode ser aconselhada quando a audição é boa na orelha envolvida. Até 2% dos pacientes podem desenvolver um comprometimento auditivo grave na orelha operada após a cirurgia. Felizmente, os ataques de tontura são eliminados em quase todos os casos. Instabilidade persistente, porém, pode persistir por semanas ou meses até a orelha oposta estabilizar o sistema de equilíbrio.

Secção do nervo vestibular via fossa média (equilíbrio)
Esse procedimento é realizado com anestesia geral e geralmente requer de cinco a sete dias de hospitalização. Por meio de uma incisão acima da orelha, o nervo do equilíbrio é cortado antes de entrar na câmara interna.
A secção do nervo vestibular via fossa média pode ser aconselhada quando a audição é boa na orelha envolvida. Até 5% dos pacientes podem desenvolver um comprometimento auditivo agudo na orelha operada. Felizmente, os ataques de tontura são eliminados em quase todas as ocorrências. Desequilíbrio persistente, porém, pode continuar por um período de semanas ou meses até que a orelha oposta estabilize o sistema de equilíbrio.

Descompressão microvascular do nervo vestibular por via retrosigmoide
Essa operação é realizada com anestesia geral e requer de cinco a sete dias de hospitalização. Por meio de uma incisão atrás da orelha, o nervo do equilíbrio é identificado juntamente com o circuito vascular relacionado. O vaso sanguíneo é dissecado do nervo e o material é interposto entre o vaso sanguíneo e o nervo para agir como uma almofada.

Em casos em que um vaso sanguíneo definitivo é identificado, os resultados desse procedimento são bastante satisfatórios. Em casos em que nenhum vaso sanguíneo parece estar relacionado, a tontura pode persistir. Alguns pacientes podem sentir instabilidade que podem levar diversas semanas ou meses para estabilizar.

RESUMO – Cirurgia para Vertigem 

Há muitas causas para a tontura. A tontura pode ser associada ou não a um comprometimento auditivo. Em alguns casos, os sintomas estressantes de tontura podem ser beneficiados ou eliminados por meio de manejo medicamentoso ou cirúrgico.